Coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes - 17/08/2025 | NL SPORTS
O que pode mudar entre um domingo e uma segunda-feira.. Arbitragem de conveniência. Leia mais na coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes.
17 de Agosto de 2025 às 18:00
O que pode mudar entre um domingo
e uma segunda-feira.
O que seria uma semana “de folga”, recuperação e treinos para o Cruzeiro, se tornou uma semana de críticas, reclamações e especulações, após a derrota de virada para o Santos em pleno Mineirão no último domingo. Um jogo que o Cruzeiro dominou completamente o primeiro tempo, pressionando a saída de bola do peixe, tendo posse e sabendo usar essa posse com inteligência e, principalmente, em um ritmo implacável.
Não fosse o goleiro Gabriel Brazão, o primeiro tempo teria facilmente terminado 2 ou 3 a O para o lado azul, mas terminou com somente um gol de Fabricio Bruno. Eu sempre digo que o estilo Jardim de jogar cobra muito dos jogadores, que é coletivo e solidário demais para não ter um preço a pagar. E não podemos esquecer que esse jogo foi o último da maratona Copa do Brasil meio de semana, Brasileirão fim de semana.
E lógico que isso somado ao ritmo alucinante do primeiro tempo teria consequências, e teve, o time voltou para o segundo tempo cansado, lento e sem condições de conter as ótimas mudanças que o técnico adversário fez. O resultado foi uma queda, não só na eficiência no ataque como na defesa, que já não conseguia antecipar/acompanhar o ataque santista, que soube aproveitar bem a queda de ritmo da Raposa e marcou dois gols, virando o jogo.
Olhando assim, é nítido o que aconteceu no domingo passado. O time foi implacável, dominou o primeiro tempo e só não saiu com um placar mais elástico porque o goleiro santista fechou o gol. Depois cansou, o técnico não fez as modificações na hora que deveria, e pior, colocando peças que não acrescentaram nada, como Marquinhos, por exemplo, ou sem tempo para mudar algo, como Gabriel Barbosa.
Não tem cavalo paraguaio, não tem pipocar, não tem time sem vergonha em uma análise séria e que não procure likes. O Cruzeiro precisa de reforços sim, mas de imediato, enquanto esses reforços não chegam e jogam, precisa que o técnico, que soube como ninguém montar o time titular, saiba também substituir com a mesma eficiência. Nessa segunda temos pela frente um Mirassol que está performando bem no campeonato e dando trabalho até para os times de grande investimento.
Então é primordial que Jardim comece a planejar o jogo não só em cima de um time titular que vai resolver a parada em 90 minutos, mas também em cima de alguma adversidade que se apresente no jogo. Jardim não pode continuar a fazer as mesmas substituições, usando os mesmos jogadores e, principalmente, com o jogo já caminhando para o final, que dificulta mudar alguma coisa.
Ele já provou que é capaz de tornar um elenco desacreditado em uma grande equipe, agora precisa provar que também sabe mexer nas peças. No futebol, assim como no xadrez, analisar o adversário e saber mudar na hora certa, muitas vezes é mais eficiente que só pensar na importância das peças.
Arbitragem de conveniência.
Não esqueci da péssima atuação de um árbitro incompetente e que, sem nenhum critério, distribuiu cartões para o lado cruzeirense, até tirando alguns jogadores do próximo jogo, e de um VAR que forçou a anulação de um gol legítimo do Cruzeiro, chamando o juiz para revisar um lance que já estava decidido em campo. Mesmo com tudo que apresentei, não coloco isso como determinante porque os times, Cruzeiro inclusive, sempre reclamam, fazem posts, mandam representantes, etc. quando são prejudicados. Quando são beneficiados, não admitem, não chamam o juiz de ladrão, não pedem afastamento.
E é justamente essa postura que mantém uma arbitragem de péssimo nível em ação no futebol brasileiro. Eles sabem que se 50 por cento estão reclamando, outros 50 estarão concordando e até elogiando sua atuação. E dependendo da força dessa metade que foi beneficiada, eles estão livres para continuar atuando livremente. Então que os times se pronunciem e ajam com a honestidade que eles cobram dos árbitros. Tenho certeza que aí a arbitragem brasileira muda de patamar.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
e uma segunda-feira.
O que seria uma semana “de folga”, recuperação e treinos para o Cruzeiro, se tornou uma semana de críticas, reclamações e especulações, após a derrota de virada para o Santos em pleno Mineirão no último domingo. Um jogo que o Cruzeiro dominou completamente o primeiro tempo, pressionando a saída de bola do peixe, tendo posse e sabendo usar essa posse com inteligência e, principalmente, em um ritmo implacável.
Não fosse o goleiro Gabriel Brazão, o primeiro tempo teria facilmente terminado 2 ou 3 a O para o lado azul, mas terminou com somente um gol de Fabricio Bruno. Eu sempre digo que o estilo Jardim de jogar cobra muito dos jogadores, que é coletivo e solidário demais para não ter um preço a pagar. E não podemos esquecer que esse jogo foi o último da maratona Copa do Brasil meio de semana, Brasileirão fim de semana.
E lógico que isso somado ao ritmo alucinante do primeiro tempo teria consequências, e teve, o time voltou para o segundo tempo cansado, lento e sem condições de conter as ótimas mudanças que o técnico adversário fez. O resultado foi uma queda, não só na eficiência no ataque como na defesa, que já não conseguia antecipar/acompanhar o ataque santista, que soube aproveitar bem a queda de ritmo da Raposa e marcou dois gols, virando o jogo.
Olhando assim, é nítido o que aconteceu no domingo passado. O time foi implacável, dominou o primeiro tempo e só não saiu com um placar mais elástico porque o goleiro santista fechou o gol. Depois cansou, o técnico não fez as modificações na hora que deveria, e pior, colocando peças que não acrescentaram nada, como Marquinhos, por exemplo, ou sem tempo para mudar algo, como Gabriel Barbosa.
Não tem cavalo paraguaio, não tem pipocar, não tem time sem vergonha em uma análise séria e que não procure likes. O Cruzeiro precisa de reforços sim, mas de imediato, enquanto esses reforços não chegam e jogam, precisa que o técnico, que soube como ninguém montar o time titular, saiba também substituir com a mesma eficiência. Nessa segunda temos pela frente um Mirassol que está performando bem no campeonato e dando trabalho até para os times de grande investimento.
Então é primordial que Jardim comece a planejar o jogo não só em cima de um time titular que vai resolver a parada em 90 minutos, mas também em cima de alguma adversidade que se apresente no jogo. Jardim não pode continuar a fazer as mesmas substituições, usando os mesmos jogadores e, principalmente, com o jogo já caminhando para o final, que dificulta mudar alguma coisa.
Ele já provou que é capaz de tornar um elenco desacreditado em uma grande equipe, agora precisa provar que também sabe mexer nas peças. No futebol, assim como no xadrez, analisar o adversário e saber mudar na hora certa, muitas vezes é mais eficiente que só pensar na importância das peças.
Arbitragem de conveniência.
Não esqueci da péssima atuação de um árbitro incompetente e que, sem nenhum critério, distribuiu cartões para o lado cruzeirense, até tirando alguns jogadores do próximo jogo, e de um VAR que forçou a anulação de um gol legítimo do Cruzeiro, chamando o juiz para revisar um lance que já estava decidido em campo. Mesmo com tudo que apresentei, não coloco isso como determinante porque os times, Cruzeiro inclusive, sempre reclamam, fazem posts, mandam representantes, etc. quando são prejudicados. Quando são beneficiados, não admitem, não chamam o juiz de ladrão, não pedem afastamento.
E é justamente essa postura que mantém uma arbitragem de péssimo nível em ação no futebol brasileiro. Eles sabem que se 50 por cento estão reclamando, outros 50 estarão concordando e até elogiando sua atuação. E dependendo da força dessa metade que foi beneficiada, eles estão livres para continuar atuando livremente. Então que os times se pronunciem e ajam com a honestidade que eles cobram dos árbitros. Tenho certeza que aí a arbitragem brasileira muda de patamar.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
