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Imagem: Redes Sociais

Metanol: E aí? Vai beber neste fim de semana? Bares de BH e região vivem dias de teste

Alguns estabelecimentos da capital anunciaram medida preventiva. Brasil já registrou 59 notificações relacionadas à intoxicação

Por Nova Lima FM
03 de Outubro de 2025 às 16:25

Os primeiros registros de vítimas de intoxicação por metanol ocorreram há cerca de uma semana e se tornaram notícia no fim da noite de sábado (27/9). Os casos relacionados a bebidas contaminadas não chegaram a Minas Gerais oficialmente, mas ainda assim bares da capital mineira se preparam para possíveis impactos no primeiro fim de semana desde o boom das ocorrências de contaminação, perguntando-se: os consumidores continuarão a beber?

Na tarde desta sexta-feira (3/10), pouco antes do happy hour que inaugura o fim de semana, as opiniões eram mistas na região central de BH, mas a maior parte das pessoas ouvidas pela reportagem afirmou que deixará os destilados de lado nos próximos dias caso beba. “Uma cervejinha eu com certeza vou tomar. Cerveja pode, né? E tem uma garrafa de uísque lá em casa há muito tempo”, diz o supervisor de atendimento ao cliente Anderson Silveira, 50.

“Não vou dizer que não bebo destilado, mas se for beber neste fim de semana vai ser cerveja, vinho ou bebida em lata”, compartilha a assistente contábil Bruna Xavier, 26. A designer Flávia Bolina, 38, escolhe a mesma estratégia: “Eu não arriscaria tomar um drink, só vinho ou cerveja em casa”.

Para o estudante ítalo Ribeiro, 25, o receio é menor devido à distância de onde ocorreram os casos de intoxicação por metanol. “Se fosse em Belo Horizonte, eu me preocuparia mais, porque a gente ficaria papeando se foi nesse ou naquele bar”, pondera. Por via das dúvidas, porém, diz que também evitará algumas bebidas nos próximos dias: “Se eu for beber hoje, vai ser uma latinha”. Há ainda quem tenha decidido deixar de consumir qualquer tipo de bebida por enquanto, como a estudante Maria Eduarda Teixeira, 22. “A bebida não compensa tanto o medo. Vou para um churrasco, e as pessoas iriam beber, mas agora vai ser só Coca”.

Algumas características de outras bebidas, como cervejas, vinhos e drinks prontos enlatados, dificultam a adulteração dessas opções, desde o processo de fabricação ao tipo de embalagem e o preço no mercado. Isso não quer dizer que ela seja impossível, mas diminui a probabilidade de que ocorra, destaca o coordenador da Toxicologia do Hospital João XXIII, Adebal Andrade. “Em bebidas de empresas com programas de qualidade muito forte e que são certificadas, a contaminação é menos provável”, reforça o médico.

A hipótese mais difundida é que as bebidas contaminadas tenham sido adulteradas intencionalmente, contudo os casos ainda estão em investigação, e não há certeza sobre a origem ou a escala do problema. Por ora, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomenda que a população evite destilados sobre os quais não tenha certeza da procedência.

Fim de semana após casos com metanol será teste para bares e baladas em BH
O braço mineiro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel MG) prega calma. “A Abrasel está acompanhando os desdobramentos e afirma que, até o momento, não houve queda relevante de faturamento em nenhuma região do país, exceto na Grande São Paulo, onde alguns bares foram fechados preventivamente. A expectativa é de manutenção do movimento nos estabelecimentos com funcionamento normal”, afirma a presidente da entidade, Karla Rocha.

Ela diz que não há recomendação de suspender a venda de destilados – única categoria até então associada à contaminação com metanol. Mas reforça a necessidade de os bares terem certeza sobre a procedência do que comercializam. “Orientamos que bares e restaurantes comprem bebidas apenas de distribuidores confiáveis e que fiquem atentos a sinais de adulteração, como lacres tortos, erros de impressão, odor de solvente e até preços muito baixos”, diz.

“Eu não tenho medo de a pessoa comprar uma garrafa de cada bebida na LAB”, enfatiza a proprietária do espaço cultural na Savassi, Anna Gazzola. Ela abriu a casa na quarta (1°/10) e na quinta-feira (2/10) e apurou uma queda de 40% na venda de drinks feitos com destilados. O comportamento do consumidor também mudou, relata a empresária: “Tem pessoas perguntando o que estão consumindo e pedindo a nota fiscal dos produtos”.

No Mira, casa de festas próximo à praça Sete, o grande teste de público será nesta sexta-feira, segundo um dos sócios, Francis Dias. “É inegável que terá algum tipo de impacto, porque é uma notícia que tomou uma proporção muito grande, e esse sentimento de insegurança traz uma possível retração das pessoas, mas não tivemos um termômetro claro ainda. Acredito que possa haver um impacto maior no perfil de consumo do que nas pessoas saírem ou não de casa”, pondera.

Ele pede que haja uma fiscalização mais rigorosa nos bares para coibir compras clandestinas e lamenta que os casos de intoxicação possam afastar os clientes da coquetelaria, que não só gera um faturamento maior do que cervejas e enlatados como é um cartão de visita dos estabelecimentos. “Ela é o ponto em que os locais conseguem exercer mais uma personalidade própria. Já o drink em lata que eu vendo é o mesmo que todos os bares vendem. Não acredito que o esforço deva ser em focar no consumo de outras coisas, mas sim na responsabilidade”, argumenta.

O mixologista de um bar na Savassi, que preferiu não ser identificado, diz que, caso o consumo de destilados caia abruptamente neste fim de semana, pode ter que ajustar os pedidos de bebidas com os fornecedores para os próximos. “Trocar drink por cerveja ou vinho faz diferença no faturamento. As pessoas não bebem uma garrafa de vinho na mesma velocidade de um coquetel. Temos fornecedores com mais credibilidade e resolvemos entender como será este fim de semana para tomas alguma medida. Pode ser que isso se alongue por muito tempo ou que seja uma coisa passageira”, arremata.

Para que serve o metanol?
O metanol é um álcool usado principalmente na indústria, como matéria-prima para solventes, plásticos, tintas, combustíveis, anticongelantes e até mesmo em processos de geração de energia. O metanol tem aplicação restrita a usos técnicos e é tóxico - e possivelmente fatal - para seres humanos até em quantidades muito pequenas.

Por que o metanol é tóxico?
O metanol é altamente tóxico porque, ao ser metabolizado pelo organismo, se transforma em substâncias como formaldeído e ácido fórmico, que podem causar danos graves ao sistema nervoso e à visão, levando até à morte. Até mesmo inalar o metanol pode ser perigoso e potencialmente fatal.

Qual é a diferença entre etanol e metanol?
O etanol é o álcool presente em bebidas alcoólicas e usado como combustível, podendo ser consumido em doses moderadas. Embora sejam quimicamente parecidos, a diferença está justamente na segurança e nos efeitos no corpo humano, uma vez que o metanol não pode ser ingerido.

Por Redação da NOVA LIMA FM
Departamento de Jornalismo
Fotos: Redes Sociais
Fonte: O Tempo

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