Crônica da Raposa com Ricardo Antunes - 10/02/2025
Raposa bipolar? Confira na crônica de Ricardo Antunes
Por Nova Lima
10 de Fevereiro de 2025 às 16:05
RAPOSA BIPOLAR
“O transtorno bipolar é marcado pela alternância entre episódios de depressão e de euforia.”
E lá se foi mais uma rodada com futebol de menos e polêmicas e desorganização sobrando. E como eu coloquei no título dessa crônica, vivemos uma eterna situação bipolar desde que a dupla Pedrinho/Matos assumiu o Cruzeiro. Festa, mídia, tchauzinho pra torcida, bravatas em entrevistas em um dia, cara amarrada, reclamações, explicações esdrúxulas e zero transparência no dia seguinte.
Foi assim no ano passado na apresentação do “elenco milionário”, na chegada de Diniz, no fiasco da Sulamericana e, novamente esse ano, na saída de Diniz e agora no jogo de ontem e apresentação de Leonardo Jardim. Antes da partida era festa e oba oba desnecessários, pouco mais de duas horas depois, Matos aparece carrancudo, falando que fomos roubados pela arbitragem, que protocolou isso e não vai tolerar mais aquilo. Quando deveria dar explicações de como vai lidar com a expulsão infantil de Gabriel Barbosa, ou admitir que o time não está jogando como deveria porque só agora tem um técnico.
Apresentação de Leonardo Jardim Finalmente temos um técnico para chamar de nosso, e até gostei de suas respostas. Principalmente em falar que pode adaptar seu modo de jogar ao dos jogadores, ou seu esquema ao dos times adversários. Vamos lembrar que NENHUM jogador do elenco foi um pedido dele, que só chegou agora. Então é torcer para que ele consiga trabalhar em paz, e que principalmente a diretoria vá cuidar de coisas administrativas e deixe o treinamento e vestiário para quem realmente sabe trabalhar lá.
Matheus Pereira e Gabriel Barbosa Sei que sou voz dissonante, mas Gabriel Barbosa foi expulso justamente e, na minha opinião, o principal responsável pela derrota de ontem, mas saiu aplaudido. Por outro lado, Matheus Pereira, que ano passado ficou o segundo turno todo devendo e era aplaudido, ontem foi escolhido o vilão do jogo sendo vaiado quando foi substituído.
Não existe coerência nessas duas atitudes já que todos sabemos que ontem o Cruzeiro tinha um interino dando seu máximo, mas só esquentando lugar para o Jardim. E se Matheus Pereira não foi bem, não foi só ele, tirando Jonathan e Dudu, foi todo mundo abaixo da crítica. E Gabriel deveria saber que sua atitude iria desestabilizar a frágil estrutura que foi criada para o jogo de ontem contra o rival.
O jogo Não tem muito o que falar do jogo de ontem que já não foi falado. Entramos mais na raça e vontade que com postura técnica/tática. O interino Wesley fez o que suas possibilidades permitiam, e até a expulsão, as forças estavam equilibradas e o resultado poderia ser outro. Não falo sobre arbitragem a não ser quando deixa de dar um lance que define mesmo um jogo, um pênalti, uma falta ou escanteio errados e que resultam em gol, etc.
Acho que ele errou no lance do Dudu, mas se é interpretativo, ele interpretou que não era para expulsão, e cabia ao time jogar bola porque ainda era início do primeiro tempo, e estava 0x0 com 22 jogadores em campo.
Então é isso. Crônica com cara de segunda feira. Mas continuo com a firme esperança que, achando o caminho do profissionalismo e tranquilidade, o Cruzeiro volte a almejar grandes conquistas e saia definitivamente do terreno árido das polêmicas.
Por Ricardo Antunes. Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM #cruzeirosempre.