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Coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes - 19/05/2025. - NL SPORTS
Clássico de extremos. Vida que segue. Jogador vaga-lume? Leia mais na coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes.
Por Nova Lima FM
19 de Maio de 2025 às 16:32
Clássico dos extremos.
Cruzeiro e Atlético se enfrentaram nesse domingo em um Mineirão lotado, com mais de 60 mil torcedores e um horário que parece pegadinha de tão ruim, 8 e meia de uma fria noite domingo.
E a raposa, seja para corresponder aos seus torcedores, seja para esquecer o frio, não tomou conhecimento e partiu para cima do rival desde o início. Jardim fez o esperado, mantendo a formação que tem jogado melhor e está cada vez mais coesa, que novamente não decepcionou.
Pelo menos inicialmente, porque com o passar do jogo, mesmo com o Atlético mais preocupado em desarmar que em criar ou atacar, o Cruzeiro pecava demais em desperdiçar chances de gol. O primeiro tempo foi de controle total da raposa, com algumas tentativas aqui e ali do rival, principalmente de Hulk, que como sempre entra com muita disposição contra o Cruzeiro, mas ontem foi muito bem anulado pela defesa azul.
O primeiro tempo terminou sem gols, mas com a nítida impressão que era questão de tempo para a bola entrar e o Cruzeiro sair na frente. Mas na volta para o segundo tempo, o Atlético me voltou conformado com o empate, e o que tivemos a partir daí foi um jogo truncado, cheio de faltas, reclamações e com o rival mais preocupado em desconstruir o jogo da Raposa que em tentar sair na frente.
Já o Cruzeiro continuava criando e atacando, mas não conseguia finalizar com qualidade e Jardim demorou a mexer no ataque só colocando Bolasie aos 29 no lugar de Wanderson e Gabriel Barbosa aos 39. O que deixou muito pouco tempo para ambos darem uma resposta traduzida em gols, e o jogo acabou em 0x0. Vida que segue.
Não existe duvida nenhuma que o Cruzeiro dominou o jogo totalmente e que o Atlético entrou para não perder, e que durante o jogo, se tornou claro que eles não poderiam agir de outra forma. Mas mesmo indo na onda do “clássico não tem favorito”, o Cruzeiro poderia ter saído com um resultado melhor se Jardim talvez tivesse voltado para o segundo tempo já com as substituições que só fez no fim do jogo.
E na minha opinião, Matheus Pereira ainda continua um “jogador vagalume”, que brilha (mesmo que não intensamente) em uns momentos, e fica apagado em vários outros. Se ele ontem tivesse um pouco mais de vontade ou inspiração ou seja o que for que o motive, talvez o antijogo praticado pelo rival não tivesse tanto sucesso.
Me incomoda essa titularidade de um jogador que não tem uma produtividade continua, e a insistência de manter Gabriel no banco. Sei que não jogam na mesma posição e que não seria uma troca de um pelo outro, só questiono a insistência de Jardim em ambos os casos. O que interessa é que quinta-feira temos o jogo de volta contra o Vila Nova de Goiás, e mesmo indo com 2x0 de vantagem não é bom não levar esse jogo à sério.
E domingo temos o Fortaleza pelo Brasileirão que vale os mesmo 3 pontos em todo jogo. Jardim tem que montar esse quebra cabeça rapidamente e se preparar para terminar da melhor maneira possível essa maratona de jogos até a pausa para o mundial
Por Ricardo Antunes Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM #cruzeirosempre.