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Quaest: 59% rejeitam reeleição de Lula em 2026, mas presidente ainda lidera todos cenários eleitorais
Pesquisa mostra desgaste da ideia de novo mandato do presidente, mas indica que venceria contra Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Por Nova Lima FM
18 de Setembro de 2025 às 12:40
A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (18), mostra que 59% dos brasileiros não querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispute a reeleição em 2026. Outros 39% defendem a candidatura, número estável em relação a agosto.
Entre os entrevistados que não se identificam com nenhum campo político, 66% rejeitam a candidatura de Lula, enquanto 30% apoiam. Já no espectro da esquerda não lulista, 72% defendem a reeleição. Entre os lulistas, o apoio chega a 92%.
Quem deve substituir Lula? A pesquisa também perguntou: “Lula deve disputar a próxima eleição? Se não, quem deve sucedê-lo?”. As respostas foram:
Lula deve concorrer: 40%; Geraldo Alckmin (PSB): 9%; Simone Tebet (MDB): 6%; Fernando Haddad (PT): 5%; Eduardo Paes (PSD): 3%; Camilo Santana (PT): 2%; Ciro Gomes (PDT): 1%; Gleisi Hoffmann (PT): 1%; Nenhum desses: 8%; Não sabem/não responderam: 25%. Esse é o primeiro levantamento da Quaest que inclui a questão sobre possíveis sucessores de Lula.
Lula ainda vence em todos cenários de 2026 Apesar da rejeição de 59% à sua candidatura, a pesquisa aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém vantagem em todos os cenários de 1º e 2º turno simulados para 2026.
No primeiro turno, os números são: Lula (PT): 45% Jair Bolsonaro (PL): 31% Ciro Gomes (PDT): 6% Michelle Bolsonaro (PL): 5% Ratinho Jr. (PSD): 4% Romeu Zema (Novo): 3% Ronaldo Caiado (União Brasil): 3% Eduardo Bolsonaro (PL-SP): 2% Eduardo Leite (PSD): 2% No segundo turno, Lula também venceria todos os adversários testados:
Contra Bolsonaro (PL): Lula 52% x 38% Bolsonaro Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP): Lula 50% x 36% Tarcísio Contra Michelle Bolsonaro (PL): Lula 54% x 34% Michelle Contra Ciro Gomes (PDT): Lula 53% x 33% Ciro Em julho, Lula ainda aparecia em situação de empate técnico com Tarcísio de Freitas, dentro da margem de erro. No entanto, pelo segundo levantamento consecutivo, o presidente ampliou sua vantagem, consolidando liderança mesmo em cenários de maior polarização.
Bolsonaro perde apoio até entre aliados Outro ponto relevante é que 76% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL) não deve disputar em 2026 e deveria apoiar outro candidato. Em agosto, esse número era de 65%. Apenas 19% defendem a candidatura do ex-presidente, queda de 7 pontos.
Entre os eleitores de direita não bolsonaristas, o índice contra a candidatura subiu de 53% para 74%. Já entre os bolsonaristas fiéis, o percentual também cresceu: passou de 31% para 46%. Ainda assim, 52% desse grupo querem Bolsonaro na urna, embora em agosto fossem 66%. Quem pode herdar bolsonarismo? Na disputa sobre quem deve substituir Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) aparece como favorito: 15% dos entrevistados o escolhem, contra 10% em agosto. Em seguida surgem: Ratinho Júnior (PSD-PR): 9%; Michelle Bolsonaro (PL): 5%; Eduardo Leite (PSD-RS): 3%; Pablo Marçal (sem partido): 3%; Ronaldo Caiado (União-GO): 3%; Romeu Zema (Novo-MG): 2%; Eduardo Bolsonaro (PL-SP): 1%; Flávio Bolsonaro (PL-RJ): 1%. Cenário de rejeição nacional O levantamento também mediu a rejeição dos principais nomes:
Jair Bolsonaro (PL): 64% (7 pontos a mais do que em agosto); Lula (PT): 52% (alta de 1 ponto); Tarcísio de Freitas (Republicanos): 40% (em março era 32%). Outros nomes:
Eduardo Bolsonaro (PL-SP): 68%; Michelle Bolsonaro (PL): 61%; Ciro Gomes (PDT): 60%; Ratinho Jr. (PSD-PR): 39%; Romeu Zema (Novo-MG): 33%; Ronaldo Caiado (União-GO): 32%. Contexto político de Tarcísio de Freitas O crescimento da rejeição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanha sua maior exposição nacional. O governador paulista intensificou sua aproximação ao bolsonarismo mais radical, incluindo participação em atos de 7 de setembro e críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”, disse Tarcísio durante o evento.
Apesar do tom agressivo, aliados aconselharam o governador a reduzir a retórica. No dia 16, ele tentou suavizar: “O esforço que tinha de ser feito, foi feito”.
Mesmo com a rejeição crescente, Tarcísio aparece como herdeiro natural do bolsonarismo. Entre os bolsonaristas, 23% já o apontam como sucessor de Bolsonaro, número que sobe para 34% entre os eleitores de direita não bolsonaristas.
Metodologia da pesquisa A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 eleitores em 120 municípios entre os dias 12 e 14 de setembro. As entrevistas foram feitas presencialmente, em domicílios, com questionários estruturados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou menos, com nível de confiança de 95%.
Por Redação da NOVA LIMA FM Departamento de Jornalismo Foto: Redes Sociais Fonte: Muita Informação