Crônica da Raposa com Ricardo Antunes - 30/01/2025
45 minutos de esperança
Por Nova Lima
01 de Fevereiro de 2025 às 19:46
Na última quinta-feira (30/01), o Cruzeiro entrou em campo com uma missão muito maior que vencer o jogo ou fazer 3 pontos. A principal tarefa dos jogadores era mostrar que se tinha algum problema no time, e se esse problema era o Diniz, isso era coisa do passado. E durante 45 minutos nós torcedores tivemos a nítida sensação que isso era verdade. Sim, o time do Itabirito não é lá essas coisas, é um time com limitações, maioria dos jogadores são veteranos.
Mas um jogo de futebol não se vence com estatísticas e comparações de salários, idades, etc. Vence quem entra para jogar, para ganhar. E ontem felizmente foi o que vimos no Cruzeiro no primeiro tempo. Apesar de alguns recuos de bola de gelar o sangue, e Cássio deixando o jogo ficar emocionante demais em alguns momentos, o time entrou com vontade, mais organizado, mais leve. Principalmente Gabriel Barbosa, que aproveitou para fazer um hat trick e deixar sua marca no jogo e Dudu que me pareceu mais disposto em campo do que nas participações anteriores.
E principalmente, o técnico interino deixou os jogadores mais livres, com mais liberdade de jogar em suas características, coisa que Diniz tira totalmente de seus times. O primeiro tempo acabou 4x0 e dava impressão de goleada no segundo. Só que o Cruzeiro, seja porque acabou o gás, ou porque acomodou com a vantagem, voltou ao futebol burocrático e sem vontade que praticava desde o ano passado.
Já o Itabirito foi pra cima e foi só pressão pra cima da Raposa até o final do jogo, mas a falta de qualidade e a idade dos jogadores pesaram e o time do interior conseguiu marcar apenas 1 gol, de pênalti, e o jogo terminou 4 x 1. Eu não faço parte dos “videntes” que com 4, 5 jogos já cravam quem vai ser rebaixado ou campeão. Ainda mais na situação que o Cruzeiro se encontra, com vários jogadores precisando recuperar confiança e ainda não temos um técnico. Mas ontem pelo menos o time deu esperança de que dias melhores virão.
Por Ricardo Antunes Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM