Coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes - 16/05/2025 - NL SPORTS.
Dupla vitória. 11 titulares? Janela de transferências. Leia mais na coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes.
16 de Maio de 2025 às 09:42
Dupla vitória.
Na quarta-feira o Cruzeiro finalmente venceu sua primeira partida na Sul-Americana. Mas nessa coluna de hoje gostaria de falar sobre Leonardo Jardim, que de todos os que estiveram no Mineirão na noite de ontem, foi o maior vencedor. Antes é bom lembrar que não sou fã de Jardim e que não o acho o “gênio”, não me refiro a ele como “mister” e toda essa patacoada que tomou conta de parte da mídia e torcida nos últimos tempos.
Ele merece meu reconhecimento porque, sendo coerente com o que venho falando há meses, ele pegou uma bagunça completa em campo e nos bastidores e está colocando ordem na casa. Simples assim.
Mas voltando ao jogo de ontem, uma parte significativa da mídia e da torcida desde segunda-feira achava que ele deveria “salvar a honra” do Cruzeiro e colocar um time competitivo, não deveria poupar jogadores para “dar ritmo de jogo” para o clássico no domingo e por aí vai.
Jardim desde sua chegada foi honesto em admitir que se por um lado tem um estilo de jogo que não pretende mudar a essa altura da vida, também não encontrou um elenco sequer em boas condições físicas, que dirá, técnicas.
Então quando ele finalmente conseguiu encontrar seus 11 titulares, com um ou outro reserva direto e estabilizar esse time jogando bem, ele não iria arriscar essa estabilidade para “salvar a honra” de nada, muito menos em um jogo que em termos de classificação não valia nada.
Mas, sendo profissional, sendo uma pessoa que pensa no futuro e não só no agora, ele sabe que jogos como esse são importantíssimos por outro motivo, e muito mais sério.
Com quem mais desse elenco eu posso contar caso um titular se lesione ou fique fora por cartão? Quem fica em quem sai na janela de transferências? Esse ano, em razão do Mundial de Clubes, a janela de transferências abre em 2 de junho, menos de um mês de distância. E quem for esperto, e realmente profissional, está já pensando em listas de dispensa e de contratações desde já.
Principalmente técnicos como Jardim quando chegaram aos clubes, herdaram contratações que muitas vezes não tem nada a ver com suas convicções técnicas, táticas e de grupo. Jardim ontem deu um baile, colocou Aragão no gol, 4 meninos da base em posições chave e não de meros coadjuvantes, colocou jogadores que tem um bom retrospecto, mas que por motivos diversos ainda não se tornaram titulares, como William, Gabriel Barbosa e Bolasie, e os 3 tiveram participação direta nos 2 gols que o Cruzeiro fez. Colocou Wallace e Lautaro que provaram que não tem nível para continuar no Cruzeiro, principalmente o atacante.
Ele ontem viu o que seus críticos não viram, que o Cruzeiro precisa de elenco, precisa de uma equipe. Que jogador da base não é robô que você joga em campo na hora que precisa, dar dois comandos e ele rende. Precisa de tempo e confiança para isso.
Ele sabe que jogador pode estar na reserva por vários motivos, e um deles pode ser a falta de ritmo, de fazer parte de um coletivo, e que aos poucos colocando esse jogador em momentos chave do jogo para cumprir tarefas especificas, pode sim devolver a confiança e o rendimento desse jogador e ele voltar a ser titular.
Se o Cruzeiro ontem fez dois gols e marcou os primeiros 3 pontos na Sul-Americana, Jardim conseguiu marcar muito mais com seus comandados. E a primeira coisa que um técnico precisa para montar uma equipe campeã é de confiança e admiração de seus comandados.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
Na quarta-feira o Cruzeiro finalmente venceu sua primeira partida na Sul-Americana. Mas nessa coluna de hoje gostaria de falar sobre Leonardo Jardim, que de todos os que estiveram no Mineirão na noite de ontem, foi o maior vencedor. Antes é bom lembrar que não sou fã de Jardim e que não o acho o “gênio”, não me refiro a ele como “mister” e toda essa patacoada que tomou conta de parte da mídia e torcida nos últimos tempos.
Ele merece meu reconhecimento porque, sendo coerente com o que venho falando há meses, ele pegou uma bagunça completa em campo e nos bastidores e está colocando ordem na casa. Simples assim.
Mas voltando ao jogo de ontem, uma parte significativa da mídia e da torcida desde segunda-feira achava que ele deveria “salvar a honra” do Cruzeiro e colocar um time competitivo, não deveria poupar jogadores para “dar ritmo de jogo” para o clássico no domingo e por aí vai.
Jardim desde sua chegada foi honesto em admitir que se por um lado tem um estilo de jogo que não pretende mudar a essa altura da vida, também não encontrou um elenco sequer em boas condições físicas, que dirá, técnicas.
Então quando ele finalmente conseguiu encontrar seus 11 titulares, com um ou outro reserva direto e estabilizar esse time jogando bem, ele não iria arriscar essa estabilidade para “salvar a honra” de nada, muito menos em um jogo que em termos de classificação não valia nada.
Mas, sendo profissional, sendo uma pessoa que pensa no futuro e não só no agora, ele sabe que jogos como esse são importantíssimos por outro motivo, e muito mais sério.
Com quem mais desse elenco eu posso contar caso um titular se lesione ou fique fora por cartão? Quem fica em quem sai na janela de transferências? Esse ano, em razão do Mundial de Clubes, a janela de transferências abre em 2 de junho, menos de um mês de distância. E quem for esperto, e realmente profissional, está já pensando em listas de dispensa e de contratações desde já.
Principalmente técnicos como Jardim quando chegaram aos clubes, herdaram contratações que muitas vezes não tem nada a ver com suas convicções técnicas, táticas e de grupo. Jardim ontem deu um baile, colocou Aragão no gol, 4 meninos da base em posições chave e não de meros coadjuvantes, colocou jogadores que tem um bom retrospecto, mas que por motivos diversos ainda não se tornaram titulares, como William, Gabriel Barbosa e Bolasie, e os 3 tiveram participação direta nos 2 gols que o Cruzeiro fez. Colocou Wallace e Lautaro que provaram que não tem nível para continuar no Cruzeiro, principalmente o atacante.
Ele ontem viu o que seus críticos não viram, que o Cruzeiro precisa de elenco, precisa de uma equipe. Que jogador da base não é robô que você joga em campo na hora que precisa, dar dois comandos e ele rende. Precisa de tempo e confiança para isso.
Ele sabe que jogador pode estar na reserva por vários motivos, e um deles pode ser a falta de ritmo, de fazer parte de um coletivo, e que aos poucos colocando esse jogador em momentos chave do jogo para cumprir tarefas especificas, pode sim devolver a confiança e o rendimento desse jogador e ele voltar a ser titular.
Se o Cruzeiro ontem fez dois gols e marcou os primeiros 3 pontos na Sul-Americana, Jardim conseguiu marcar muito mais com seus comandados. E a primeira coisa que um técnico precisa para montar uma equipe campeã é de confiança e admiração de seus comandados.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
