Coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes | NL SPORTS
A Raposa e as uvas. Leia mais na coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes.
24 de Julho de 2025 às 13:00
A Raposa e as uvas.
Ontem o Cruzeiro enfrentou o Corinthians na Neo Química Arena e empatou em zero a zero com o time paulista. Como eu previa em minha participação no pré-jogo no NL Sports, foi um jogo duro, pegado, uma batalha. Como acho que todos serão a partir de agora. Sendo líder do campeonato, o Cruzeiro automaticamente começou a ser o time a ser batido, o time que quem almeja o título não pode deixar distanciar. Adicione nessa receita que o Corinthians vinha de uma derrota para o São Paulo, só tinha uma vitória em 5 jogos e jogava em casa com a torcida disposta a apoiar ou vaiar, dependendo do que visse em campo.
Estou longe de achar que o Cruzeiro ontem teve uma atuação primorosa e que dominou o jogo. Mas estou mais longe ainda de achar que o time não ganhou porque “faltou algo a mais”, porque “não esteve bem em campo”, como já pipocam aqui e ali poucos, mas contundentes, comentários. O Cruzeiro ontem jogou sério, tentou o gol e se comportou como nas últimas partidas. Por que empatou então? Talvez porque, do outro lado, tinha um time que foi o primeiro a “ler” como o Cruzeiro joga, que foi o primeiro a montar um esquema para tentar anular Kaio Jorge e por aí vai.
Ou, se não foi o primeiro que tentou, foi o primeiro que conseguiu. E outros virão. E tudo bem, Matheus Pereira não repetiu a mesma performance dos jogos anteriores quando fez a diferença e Kaio Jorge poderia ter marcado aquele gol aos 10 do primeiro tempo. Mas sério que não ganhamos só por causa disso? Não seria também porque do outro lado teve um time tentando vencer? Sair de uma crise? Que estudou o adversário e tentou destruir o esquema de Jardim? E nem falo que Dorival Junior é um estudioso, um treinador acima da média, pelo contrário, acho que ele tem mais fama que talento.
Mas mesmo assim, ontem o Corinthians tinha sim um esquema de jogo, não deixar o Cruzeiro sair com a bola com tranquilidade, não deixar o meio de campo ter tempo e espaço para evoluir. Sim meus amigos, no futebol destruir também é tática, também é válido. E funciona. Então, colocando as devidas ressalvas, que Jardim demorou a mexer, principalmente em colocar Gabriel Barbosa em campo para jogar ao lado de Kaio Jorge, e não no lugar dele, e que realmente não foi uma noite brilhante na parte final das jogadas e finalizações.
Prefiro lembrar da excelente defesa do Cássio, de Villalba tirando a bola em cima da linha e que ontem suportamos uma pressão incrível. Saímos com 1 ponto, e se formos espertos, aprendemos com os erros cometidos e, a partir de agora, começamos a nos preparar para agirmos como o líder do campeonato, como o time a ser batido. Com Jardim sabendo variar o esquema, sabendo fazer substituições na hora certa, com jogadores sabendo que o “algo mais” agora tem que ser uma constante e com a torcida consciente que o caminho até o título tem percalços.
Senão daqui a pouco já tem gente entrando na onda da fábula da Raposa e as uvas. Que após tentar de todas as maneiras pegar uvas que estavam fora de seu alcance e não conseguir, foi embora dizendo que estavam verdes.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
Ontem o Cruzeiro enfrentou o Corinthians na Neo Química Arena e empatou em zero a zero com o time paulista. Como eu previa em minha participação no pré-jogo no NL Sports, foi um jogo duro, pegado, uma batalha. Como acho que todos serão a partir de agora. Sendo líder do campeonato, o Cruzeiro automaticamente começou a ser o time a ser batido, o time que quem almeja o título não pode deixar distanciar. Adicione nessa receita que o Corinthians vinha de uma derrota para o São Paulo, só tinha uma vitória em 5 jogos e jogava em casa com a torcida disposta a apoiar ou vaiar, dependendo do que visse em campo.
Estou longe de achar que o Cruzeiro ontem teve uma atuação primorosa e que dominou o jogo. Mas estou mais longe ainda de achar que o time não ganhou porque “faltou algo a mais”, porque “não esteve bem em campo”, como já pipocam aqui e ali poucos, mas contundentes, comentários. O Cruzeiro ontem jogou sério, tentou o gol e se comportou como nas últimas partidas. Por que empatou então? Talvez porque, do outro lado, tinha um time que foi o primeiro a “ler” como o Cruzeiro joga, que foi o primeiro a montar um esquema para tentar anular Kaio Jorge e por aí vai.
Ou, se não foi o primeiro que tentou, foi o primeiro que conseguiu. E outros virão. E tudo bem, Matheus Pereira não repetiu a mesma performance dos jogos anteriores quando fez a diferença e Kaio Jorge poderia ter marcado aquele gol aos 10 do primeiro tempo. Mas sério que não ganhamos só por causa disso? Não seria também porque do outro lado teve um time tentando vencer? Sair de uma crise? Que estudou o adversário e tentou destruir o esquema de Jardim? E nem falo que Dorival Junior é um estudioso, um treinador acima da média, pelo contrário, acho que ele tem mais fama que talento.
Mas mesmo assim, ontem o Corinthians tinha sim um esquema de jogo, não deixar o Cruzeiro sair com a bola com tranquilidade, não deixar o meio de campo ter tempo e espaço para evoluir. Sim meus amigos, no futebol destruir também é tática, também é válido. E funciona. Então, colocando as devidas ressalvas, que Jardim demorou a mexer, principalmente em colocar Gabriel Barbosa em campo para jogar ao lado de Kaio Jorge, e não no lugar dele, e que realmente não foi uma noite brilhante na parte final das jogadas e finalizações.
Prefiro lembrar da excelente defesa do Cássio, de Villalba tirando a bola em cima da linha e que ontem suportamos uma pressão incrível. Saímos com 1 ponto, e se formos espertos, aprendemos com os erros cometidos e, a partir de agora, começamos a nos preparar para agirmos como o líder do campeonato, como o time a ser batido. Com Jardim sabendo variar o esquema, sabendo fazer substituições na hora certa, com jogadores sabendo que o “algo mais” agora tem que ser uma constante e com a torcida consciente que o caminho até o título tem percalços.
Senão daqui a pouco já tem gente entrando na onda da fábula da Raposa e as uvas. Que após tentar de todas as maneiras pegar uvas que estavam fora de seu alcance e não conseguir, foi embora dizendo que estavam verdes.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
