Reféns da incompetência. Leia mais na coluna do Villa Nova com Zé Raimundo.
Por Nova Lima FM
24 de Julho de 2025 às 15:00
REFÉNS DA INCOMPETÊNCIA
Assim como as demais equipes do interior de Minas Gerais, o Villa Nova está cada vez mais refém da inércia da Federação Mineira de Futebol, órgão gerido por um grupo familiar desde sempre, e que mesmo diante de tantos desacertos, continua a comandar a entidade futebolística com mão de ferro, e o pior, desfilando sua incapacidade administrativa sem a menor preocupação em melhorar, ou até mesmo em se adaptar aos novos rumos do esporte mais popular e difundido do planeta.
As equipes do interior, que a duras penas lutam para não fechar definitivamente as suas portas, são obrigadas a se limitar a um calendário curto e improdutivo, tanto na divisão principal como também nas demais competições de acesso promovidas pelo órgão, e depois de encerrar as disputas da Taça Minas Gerais em meados da década passada, a coisa piorou ainda mais, deixando os clubes de menor porte a ver navios pela maior parte do ano.
Como pode um clube sobreviver desta maneira, jogando um torneio de tiro curto que a cada ano diminui seu número de jogos, em função do apertado e desorganizado calendário do futebol brasileiro, e depois permanecer sem atividade nenhuma pelo restante da temporada. O futebol é movido pela paixão, sobrevive através da competição, da disputa e principalmente da atividade dos clubes, e como em qualquer outro negócio do mundo, tem espaço para todas as faixas, seja para aqueles pertencentes ao grupo de grande porte, ou os que estão em um patamar menor, mas que mesmo assim necessitam estar na ativa de alguma maneira, para continuar a impulsionar a formação de novos talentos, e aumentar a possibilidade de criar futuros torcedores que automaticamente se tornam consumidores.
Será possível que promover um torneio regional com os clubes do interior do estado, que não estão inseridos nas competições nacionais é uma tarefa tão difícil assim, ou o será que o problema é aumentar o trabalho daqueles que estão no comando a uma eternidade, fica a pergunta, porque os clubes pequenos precisam sobreviver, e não podem mais continuar reféns da incompetência e da incapacidade.
Saudações alvirrubras, o abraço da semana vai para o amigo Reinaldo Ca piloto, que no futebol não conseguiu chegar ao profissional, mas fora de campo ao lado da esposa Eliane e dos filhos Ângelo e Luciano, se transformou em um anfitrião de primeira linha. Até a próxima se Deus quiser.
Por Zé Raimundo Colunista do Villa Nova na Nova Lima FM