Coluna da Raposa com Ricardo Antunes - NL SPORTS
Os pingos nos is. Leia mais na coluna do Cruzeiro com Ricardo Antunes.
29 de Julho de 2025 às 17:48
Os pingos nos is.
Me impressiona a capacidade que algumas pessoas tem de levar tudo no 8 ou 80, ou está tudo ótimo, perfeito ou a caminho do total fracasso. No futebol então, uma verdade não dura 24 horas, como se diz por aí.
O Cruzeiro vem de 2 resultados que podem ser sim, considerados ruins. Empatou sem gols com um Corinthians em crise e perdeu para um Ceará que além de também estar em crise, tem um orçamento e um elenco com muito menos investimento que o time paulista e o próprio Cruzeiro.
Mas como sempre, olhando só um, ou vamos lá, dois fatos isolados temos no máximo uma fotografia do momento e não a leitura correta dos fatos. O Cruzeiro vinha em uma evolução incrível desde a chegada de Leonardo Jardim.
O treinador pegou um elenco que se fosse julgar pela performance até então, teria que mandar quase todos embora e trazer no mínimo 11 titulares. Do goleiro ao atacante ninguém passava confiança, ninguém dava continuidade na performance. Jardim chegou, treinou, observou, foi sincero em relação ao que viu, e principalmente, trabalhou o que tinha nas mãos. E o time mudou, melhorou, evoluiu e performou.
Mas no futebol, assim como em qualquer outro esporte, existe um limite, todo atleta ou equipe tem um pico de rendimento. Seja por jogar muitas partidas seguidas, seja por limitação física ou técnica. Adicione aí o esquema não ser mais uma “surpresa” para o técnico adversário, ou faltar variações nesse esquema que levam a previsibilidade e consequentemente fica mais fácil marcar, anular essas jogadas.
Leonardo Jardim está no Brasil desde fevereiro, pegou um elenco desacreditado e o levou a liderança do campeonato brasileiro. Lógico que ele agora não é mais uma novidade, só o técnico do próximo confronto de cada time.
Ele agora é o técnico a ser batido, a ser estudado. Kaio Jorge até pouco tempo era somente o reserva do Gabriel Barbosa, uma esperança de gols da torcida azul. Para os adversários era um entre os vários atacantes de um Cruzeiro que não vencia, não demandava maiores preocupações.
Agora, com 13 gols no Campeonato Brasileiro e 2 gols na Copa do Brasil, ele já é o cara a ser marcado, a ser anulado em todo jogo que estiver em campo. E isso, tanto para o técnico quanto para o atacante, interfere demais na continuidade da evolução. E demanda Jardim pensar em novas opções táticas para o time, testar esquemas diferentes com jogadores diferentes, e principalmente fazer as mudanças necessárias assim que elas se apresentarem no jogo.
Gosto muito do que o técnico tem feito dentro e fora de campo pelo Cruzeiro, é inegável sua influência positiva no clube. Mas colocar jogador para resolver esquema tático ou mudar placar aos 30 do segundo tempo, não me parece a melhor coisa a se fazer. Isso quando não é aos 39, 40. Mas tirando esse e um ou outro ajuste, no momento não existe motivo para alardes.
Essa queda, esses dois últimos resultados, estão dentro do previsto. Uma hora todo time perde ou empata. Vira crise a hora que isso se repete indefinidamente e aí abala elenco, técnico e torcida.
O Cruzeiro tem enfrentado uma maratona de jogos e praticamente com o mesmo time titular da defesa ao ataque se doando todos os minutos em campo. Principalmente Villalba, Fabricio Bruno, Lucas Silva, Lucas Romero, Kaio Jorge e Kaiki Bruno tem sido extremamente exigidos em campo e tem correspondido, mas o esforço continuo e a falta de descanso cobram um alto preço e tem consequências.
Então, para finalizar, só tem uma maneira de o Cruzeiro continuar a sonhar com os títulos que disputa esse ano. Contratações pontuais já prontas para serem usadas imediatamente, seja para serem titulares ou reservas, possibilitando uma maior rotatividade no elenco e que Jardim, com essas novas opções crie estratégias táticas e técnicas que voltem a surpreender os adversários. Como ainda não chegou ninguém nessa janela, acho que Pedrinho e Jardim estão próximos de nos surpreender. E espero que positivamente.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
Me impressiona a capacidade que algumas pessoas tem de levar tudo no 8 ou 80, ou está tudo ótimo, perfeito ou a caminho do total fracasso. No futebol então, uma verdade não dura 24 horas, como se diz por aí.
O Cruzeiro vem de 2 resultados que podem ser sim, considerados ruins. Empatou sem gols com um Corinthians em crise e perdeu para um Ceará que além de também estar em crise, tem um orçamento e um elenco com muito menos investimento que o time paulista e o próprio Cruzeiro.
Mas como sempre, olhando só um, ou vamos lá, dois fatos isolados temos no máximo uma fotografia do momento e não a leitura correta dos fatos. O Cruzeiro vinha em uma evolução incrível desde a chegada de Leonardo Jardim.
O treinador pegou um elenco que se fosse julgar pela performance até então, teria que mandar quase todos embora e trazer no mínimo 11 titulares. Do goleiro ao atacante ninguém passava confiança, ninguém dava continuidade na performance. Jardim chegou, treinou, observou, foi sincero em relação ao que viu, e principalmente, trabalhou o que tinha nas mãos. E o time mudou, melhorou, evoluiu e performou.
Mas no futebol, assim como em qualquer outro esporte, existe um limite, todo atleta ou equipe tem um pico de rendimento. Seja por jogar muitas partidas seguidas, seja por limitação física ou técnica. Adicione aí o esquema não ser mais uma “surpresa” para o técnico adversário, ou faltar variações nesse esquema que levam a previsibilidade e consequentemente fica mais fácil marcar, anular essas jogadas.
Leonardo Jardim está no Brasil desde fevereiro, pegou um elenco desacreditado e o levou a liderança do campeonato brasileiro. Lógico que ele agora não é mais uma novidade, só o técnico do próximo confronto de cada time.
Ele agora é o técnico a ser batido, a ser estudado. Kaio Jorge até pouco tempo era somente o reserva do Gabriel Barbosa, uma esperança de gols da torcida azul. Para os adversários era um entre os vários atacantes de um Cruzeiro que não vencia, não demandava maiores preocupações.
Agora, com 13 gols no Campeonato Brasileiro e 2 gols na Copa do Brasil, ele já é o cara a ser marcado, a ser anulado em todo jogo que estiver em campo. E isso, tanto para o técnico quanto para o atacante, interfere demais na continuidade da evolução. E demanda Jardim pensar em novas opções táticas para o time, testar esquemas diferentes com jogadores diferentes, e principalmente fazer as mudanças necessárias assim que elas se apresentarem no jogo.
Gosto muito do que o técnico tem feito dentro e fora de campo pelo Cruzeiro, é inegável sua influência positiva no clube. Mas colocar jogador para resolver esquema tático ou mudar placar aos 30 do segundo tempo, não me parece a melhor coisa a se fazer. Isso quando não é aos 39, 40. Mas tirando esse e um ou outro ajuste, no momento não existe motivo para alardes.
Essa queda, esses dois últimos resultados, estão dentro do previsto. Uma hora todo time perde ou empata. Vira crise a hora que isso se repete indefinidamente e aí abala elenco, técnico e torcida.
O Cruzeiro tem enfrentado uma maratona de jogos e praticamente com o mesmo time titular da defesa ao ataque se doando todos os minutos em campo. Principalmente Villalba, Fabricio Bruno, Lucas Silva, Lucas Romero, Kaio Jorge e Kaiki Bruno tem sido extremamente exigidos em campo e tem correspondido, mas o esforço continuo e a falta de descanso cobram um alto preço e tem consequências.
Então, para finalizar, só tem uma maneira de o Cruzeiro continuar a sonhar com os títulos que disputa esse ano. Contratações pontuais já prontas para serem usadas imediatamente, seja para serem titulares ou reservas, possibilitando uma maior rotatividade no elenco e que Jardim, com essas novas opções crie estratégias táticas e técnicas que voltem a surpreender os adversários. Como ainda não chegou ninguém nessa janela, acho que Pedrinho e Jardim estão próximos de nos surpreender. E espero que positivamente.
Por Ricardo Antunes
Colunista do Cruzeiro na Nova Lima FM
#cruzeirosempre.
